02/08/07

Segurança e consumo de drogas (Parte II)


No âmbito das substâncias sintéticas encontramos as anfetaminas, possuindo efeitos estimulantes e euforizantes.

Normalmente este tipo de droga é consumido para se atingirem determinados níveis de performance em competições, concursos, exames e em situações de combate.

A anfetamina mais conhecida nos dias de hoje é o exctasy, sendo de fácil aquisição encontrando-se à venda em bares e discotecas.

Os riscos associados ao consumo das anfetaminas podem passar pela convicção de se estar a ser perseguido para agressão, violação ou roubo. A convicção é de tal modo forte que a pessoa se encontra totalmente incapaz de reconhecer que a mesma não passa de um delírio, ainda que chamada à atenção para o facto. Acontece, também, que a pessoa pode ter uma atitude agressiva como forma de defesa a uma agressão que na realidade não se coloca.

Após a ingestão da substância pode seguir-se um estado de depressão profunda.

Por outra banda, existem ainda os opiáceos, resultantes da paloila papaver somniferum, como é o caso do morfina, heroína e do ópio.

Os riscos inerentes ao seu consumo podem passar pelo coma, podendo mesmo conduzir à morte.

Os riscos para a segurança da sociedade em geral podem passar por eventuais assaltos a farmácias ou outros estabelecimentos devido à forte dependência física e psíquica aliada ao seu consumo, sendo esta acompanhada de estados de angústia e forte compulsão à obtenção da droga.

De referir ainda que, pode existir um elevado risco de contracção de hepatite, B e C e de sida através das seringas.

Ao lado dos opiáceos surge a cocaína, extraída da coca existente na América Latina. Esta substância ao chegar ao estômago inibe a sensação de fome e ao entrar na corrente sanguínea tem um efeito estimulante e energizante.

Esta droga provoca um efeito anorexizante, podendo provocar alucinações e desequilíbrios de humor, sendo o efeito mais grave o de se poder produzir uma paragem cardíaca.

Para além destas drogas, cabe-nos ainda fazer referência às substâncias dopantes habitualmente usadas nas competições desportivas. Certas destas substancias podem provocar a morte, como é o caso da eritropoietina utilizada por ciclistas. O seu efeito passa basicamente pelo aumento de glóbulos vermelhos existentes no sangue permitindo-se assim que a capacidade de transporte de oxigénio aumente consideravelmente, atingindo-se, consequentemente, melhores níveis de capacidade física e de resistência muscular e respiratória à fadiga.
Lisboa, 02 de Agosto de 2007
Carla Mondim

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